quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Montanha, ovelha e água

Para conhecer um pouco do interior da Escócia, alugamos 2 carros, já que estávamos em 10 pessoas, e fomos andando até a Ilha de Iona. Mas para chegar lá é preciso pegar duas balsas (uma de Oban até a Ilha de Mull – 40 min. , e outra de Mull para Iona – 10 min.). Entre as duas balsas pegamos uma estrada dentro da Ilha de Mull durante umas duas horas.
Como se já não bastasse dirigir na mão inglesa, essa estrada é estreita permitindo passagem apenas de um carro. O fato interessante é que, ao longo da estrada, existem pequenas “entradas” (às vezes para direita, às vezes para esquerda) como se fossem acostamentos. São nesses espaços que os carros param (cabem uns dois) e esperam o que está vindo na outra direção passar. Ninguém pode ter pressa e tem que ser gentil. Ficávamos brincando que tínhamos que colocar no pára-brisa do carro o desenho de uma mãozinha aberta, já que cada vez que algum carro passava por outro, o motorista levantava a mão para agradecer a espera. No final já estávamos levantando praticamente só o dedinho... rsrsrs
A ilha de Iona, nossa parada final, é uma pequena ilha com uma vila. Para vocês terem idéia, ela possui apenas 100 habitantes. O que mais movimenta o local é o turismo – pra quem gosta de lugares calmos e frios, lá é excelente, muito agradável e com vista linda. Mas no meio do nada, sério. Por causa do inverno rigoroso, um dos hotéis de lá (tem bed&breakfast também) funciona apenas durante o período de abril a outubro.

Durante toda a viagem de carro pelo interior da Escócia, o que mais se vê é montanha, ovelha e água – muitos lagos, inclusive o Ness, famoso pela lenda do monstro do Lago Ness.
Lago Ness
Ovelhas (não faltam)

Highland Games

Demos sorte que, durante o tempo em que estávamos na Escócia, estavam acontecendo os Highland Games, evento que acontece anualmente em cidades da Escócia como forma de celebrar a cultura escocesa e celta. Fomos um dia então ver os jogos na cidade de Inverness.
Nesse dia vimos uma cena única da Escócia. Homens escoceses, “gigantes”, “bombados”, vestindo suas típicas Kilts (saias), camiseta, arremessando peso por cima de uma barra.
Os participantes do jogo tinham que arremessar um peso por cima de uma barra suspensa. Se o peso passasse por baixo ou derrubasse a barra, o participante estava fora. A medida em que todos eles arremessavam, a barra ia aumentando a altura. Foi bem legal torcer com toda a platéia por um jogo até então desconhecido.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Football Freestyler

Pra quem acha que bons de bola “só podem ser brasileiros”, olhem o que um africano de Guiné, Iya Traore fez em frente a Basílica de Sacre Coeur em Paris. Ele parou todos os olhares de turistas, recebeu aplausos e tirou fotos com várias pessoas. Só depois entrando no seu site descobri o quanto ele é famoso como football freestyler em várias partes do mundo, chegando a aparecer na televisão, eventos esportivos e até posar para publicidades de marcas esportivas, como a Puma. Apesar de ser um fenômeno, Iya, com 24 anos, ainda sonha em se tornar um jogador profissional de futebol e um dia fazer um momento de freestyle com seu ídolo Ronaldinho.
Vale a pena assistir o vídeo. O que mais impressionou não foi nem tanto o que ele fazia com a bola, mas como se equilibrava no poste fazendo malabarismos com a bola.
Para quem tiver curiosidade:
www.iyatraore.com
Nesse site tem inclusive mais vídeos.

Apresentadores de rua

Chegando a Edimburgo, capital da Escócia, logo vimos um típico escocês vestido com sua kilt (saia) e demais adereços tocando a famosa gaita de foles para ganhar uns trocados. Aliás, esse hábito de tocar algum instrumento, fazer malabarismos, entre outras coisas, é muito comum na Europa. Você pode ver pessoas se apresentando na rua, nas estações de metrô, mas especialmente em lugares turísticos. E, diferente daqui no Brasil, pessoas que fazem isso normalmente não são mendigos (ou pelo menos não aparentam), mas pessoas comuns e, no geral, bem talentosas.

Voltando para o escocês, a primeira coisa que me veio a mente quando o vi (pra quem gosta do seriado Friends) foi a cena do Ross ensaiando para tocar gaita no casamento da Monica e Chandler.

Um fato interessante foi quando pedi para tirar foto com esse escocês, e, quando me aproximei, ele parou de tocar e me perguntou porque meu pai (que estava tirando a foto) estava com aquela bandeira (da Grã Bretanha). Só depois fui entender que, além de saber que aquela bandeira era da Grã Bretanha e não da Inglaterra, os escoceses possuem uma “richa’ com ingleses (principalmente pelo fato de já terem sido dominados), tanto que na Copa desse ano o escoceses estavam torcendo contra a seleção da Inglaterra.

"Praias" européias

Diferente da maioria de nós brasileiros, os europeus valorizam muito seus jardins e parques, claro, também, que esses espaços lá são ótimos, bem cuidados, agradáveis e bem freqüentados. Mas o mais interessante é que, além de irem a esses lugares para estar com amigos, ler um livro, ouvir uma música, eles utilizam seus parques para um fim um tanto inusitado para nós: tomar sol. É muito engraçado ver pessoas aos montes nas gramas, às vezes até com biquíni, tomando sol.


Jardim de Luxemburgo - Paris

Edimburgo - Escócia

Mais engraçado que isso, só a “Praia de Paris” (Paris Plage), espaço artificial montado durante o verão às margens do rio Sena. Iniciativa da prefeitura da capital, a praia que possui 4km de extensão possui areia, esteiras, palmeira e até piscinas.

Versalhes e outros...

Chegando a Versalhes, de cara deparamos com vendedores ambulantes aos montes. Homens, na maioria africanos, vendendo souvenirs de Paris. Cena bem familiar a nós brasileiros é bem comum em Paris, não só em Versalhes, mas na Torre Eiffel, na Champs Elysée, entre outros pontos turísticos. Assim como aqui, os camelôs são proibidos, o que significa que quando fiscais começam a se aproximar os panos que “expõem os produtos” são rapidamente fechados virando um saco. Outra semelhança é a insistência dos vendedores para com os compradores, o que leva a baixas de preço consideráveis.

Voltando para Versalhes, o que mais impressiona são os jardins. Eles são de uma imensidão impressionante. Pra conhecer tudo você precisa passar um dia inteiro lá, pelo menos. Eles são maravilhosos, e não consigo imaginar o quanto eles gastam de manutenção ali, porque é muito bem cuidado.

Quanto aos ingressos, fiquei decepcionada com as meio entradas. Pra começar, elas não são exatamente metade do valor, são um pouco mais. E, pelo que me lembre, só paguei duas vezes esse valor com desconto (se não me engano na Torre Eiffel e no Musée D’Orsay), isso porque fiz uma carteirinha internacional de estudante. Bom, mas outro fato é que lá eles dão muito valor para estudantes da União Européia, o que significa que, na maioria das vezes, eles possuem desconto e os outros estudantes do resto do mundo, não. Lá em Versalhes mesmo, enquanto estávamos na fila para comprar ingressos fiquei toda empolgada quando anunciaram que estudantes de cursos de design, arquitetura, história, entre outros, teriam entrada liberada no Palácio. Porém, quando cheguei na bilheteria, descobri que esse era um privilégio só para estudantes da União Européia. É, fazer o que?!

sábado, 25 de setembro de 2010

Amores amarrados

Já que no último post citei o rio Sena de Paris, tenho que mostrar essa foto da Pont dês Arts, onde casais apaixonados trancam cadeados com a crença de amarrarem seu amor pra sempre. Cadeados com iniciais ou nomes do casal, às vezes data e até local de origem, são trancados na grade da ponte e a chave jogada no rio Sena. É uma cena interessante e até engraçada.
Realmente as superstições estão por toda parte, pontes ou monumentos cobertos por cadeados não são privilégio de Paris, mas podem ser encontrados também na Alemanha, China, Hungria, entre outros partes do mundo.